Cinema

O Procurado

O Procurado
Título original: Wanted
Ano: 2008
País: Alemanha, Estados Unidos
Duração: 110 min.
Gênero: Ação / Aventura
Diretor: Timur Bekmambetov (Guardiões da Noite, Guardiões do Dia)
Trilha Sonora: Danny Elfman (Hellboy II - O Exército Dourado, Milk - A Voz da Igualdade)
Elenco: James McAvoy, Morgan Freeman, Angelina Jolie, Thomas Kretschmann, Konstantin Khabensky, Terence Stamp, Kristen Hager, Marc Warren, David O'Hara, Dato Bakhtadze, Chris Pratt, Lorna Scott, Sophiya Haque, Brad Calcaterra, Scarlett Sperduto
Avaliação: 8/10

Visto no cinema em 11-SET-2008, Quinta-feira, sala 6 do Multiplex Pantanal

Com uma trama baseada em HQ, era de se esperar que a narrativa deste novo trabalho do russo Timur Bekmambetov fosse mais digerível e menos complicada que a da série de vampiros iniciada por Guardiões da Noite. Tem gente que não gostou do riscado, mas é preciso admitir que o cara sabe como turbinar a adrenalina da platéia com cenas de ação acachapantes. Soma-se a isso um protagonista clássico, o rapaz manezão (James McAvoy) que descobre ser um fodão capaz de rivalizar com o Neo de Matrix. E esta comparação com o clássico dos irmãos Wachowski não é gratuita: O Procurado posa claramente como uma espécie de clone de Matrix, mas as ações mirabolantes desta vez ocorrem no mundo real, e não num ambiente virtual criado por computador.

Judiado no trabalho por uma chefe obesa, chifrado pela namorada com seu melhor amigo e vítima de ataques de ansiedade, o cara é pego num tiroteio maluco entre uma bad girl (Angelina Jolie, tão seca que dá até dó) e um assassino implacável. Arregimentado por um clã de tecelões (!) liderado por Morgan Freeman, que pratica o "assassinato preventivo" (à la Minority Report) e está às turras com um membro desgarrado da turma, o rapaz passa por um treinamento cruel para despertar seus dons adormecidos de fodão herdados do pai, que o tornam capaz de coisas como curvar as balas de qualquer arma de fogo. Sim, o nível de impossibilidades é daí para cima. O mais incrível, porém, é que a suspensão de descrença funciona.

As surpresas podem ser antecipadas sem muito esforço e o final não é lá grande coisa, mas a viagem vale a pena. E que venha a inevitável continuação.