Cinema
As Tartarugas Ninja [1990]
Ano: 1990
País: Estados Unidos
Duração: 93 min.
Gênero: Ficção científica
Diretor: Steve Barron (Cônicos e Cômicos, As Aventuras de Pinóquio, Esse Rato é um Espanto)
Trilha Sonora: John Du Prez (Ladrão de Ladrão, As Tartarugas Ninja 2 - O Segredo de Ooze, Que Garota, Que Noite)
Elenco: Judith Hoag, Elias Koteas, James Saito, Toshishiro Obata, Michael Turney, Josh Pais, David Forman, Leif Tilden, Michelan Sisti, Sam Rockwell, Jay Patterson, Raymond Serra, Kitty Fitzgibbon, Louis Cantarini, Joe D'Onofrio, John Ward
Avaliação:
Visto via Netflix em 17-JUL-2015, Sexta-feira
Surgido na esteira do sucesso da série animada de TV, que por sua vez foi baseada em material de uma HQ bastante obscura, As Tartarugas Ninja é um filme bastante representativo de seu tempo, ou seja, sem muitas frescuras com relação à história e sempre contando com o carisma de personagens e elenco para se manter relevante. Diante da natureza rasteira, há que se louvar o fato deste ser um dos filmes independentes mais bem-sucedidos da história do cinema. Uma onda de misteriosos crimes urbanos tem assolado Nova York, e com uma inexplicável impotência da polícia diante dos acontecimentos a única pessoa que parece estar preocupada em resolver o mistério é a repórter April O'Neill (Judith Hoag). Quando a violência passa a ameaçá-la diretamente uma tartaruga de aspecto humanoide surge dos esgotos para ajudá-la. O embate entre os quatro adolescentes mutantes e o diabólico "clã do pé" liderado pelo Destruidor (James Saito) não demora a acontecer, e a ajuda de um justiceiro de máscara (Elias Koteas) mostra-se essencial para que eles possam fazer justiça e resgatar o mestre Splinter (um rato mutante) das garras dos bandidos. Mesmo que a ação do filme já esteja ultrapassada para os padrões atuais e as piadas tenham perdido um pouco da graça, essa primeira versão em película das famosas tartarugas preserva seu charme graças ao elenco e à ambientação sombria, porém nunca violenta demais – isso para um longa que foi considerado muito violento na época de seu lançamento. A combinação de pessoas reais sob a pele dos herois funciona (com exceção de Raphael, todos foram dublados por outros atores), só faltou mesmo um pouco mais de cuidado com a identificação visual: Michelangelo deveria ter a faixa mais laranja, do jeito que está ela se confunde muito com o vermelho de Raphael. Especial atenção merece a breve e surreal sequência que mostra a origem das tartarugas mutantes e seu mestre ninja.
A saga dos herois adolescentes mutantes continua em As Tartarugas Ninja 2 - O Segredo de Ooze, lançado no ano seguinte.