Cinema

A Hora do Pesadelo 6 - Pesadelo Final: A Morte de Freddy

A Hora do Pesadelo 6 - Pesadelo Final: A Morte de Freddy
Título original: Freddy's Dead - The Final Nightmare
Ano: 1991
País: Estados Unidos
Duração: 90 min.
Gênero: Terror
Diretor: Rachel Talalay
Trilha Sonora: Brian May (Mad Max, Gallipoli, Crepúsculo de Aço)
Elenco: Robert Englund, Lisa Zane, Shon Greenblatt, Lezlie Deane, Ricky Dean Logan, Breckin Meyer, Yaphet Kotto, Cassandra Rachel Frel, David Dunard, Marilyn Rockafellow, Virginia Peters, Stella Hall, Angelina Estrada, Peter Spellos, Tobe Sexton, Michael McRab, Matthew Faison, Vic Watterson, Warren Barrington, Roseanne, Tom Arnold, Elinor Donahue, Johnny Depp, Mel Scott-Thomas, Jonathan Mazer, Chason Schirmer, Robert Shaye, Alice Cooper
Distribuidora do DVD: Playarte
Avaliação: 2

O fundo do poço na série A Hora do Pesadelo, este é o filme que conta o final da famigerada carreira de Freddy Krueger. A produtora de alguns filmes anteriores, Rachel Talalay, assume a direção da "obra" e finalmente sepulta a série sob um lastimável monte de baboseiras capaz de corar até mesmo o mais fanático fã de Freddy.

A história se passa "10 anos no futuro" (provavelmente em 2001, já que o filme foi produzido em 1991). O boato que corre é que há apenas um adolescente sobrevivente da chacina de Freddy na cidade de Springwood, e que os adultos restantes estão sofrendo uma espécie de histeria em massa. Sem qualquer explicação, o rapaz sobrevivente acaba caindo amnésico numa espécie de instituição psiquiátrica, e fica sob os cuidados da dra. Maggie (Lisa Zane). Tudo o que ele carrega é um pedaço de jornal com o nome da cidade de Springwood. Quando a dra. e o zé-ninguém vão à misteriosa cidadezinha investigar o caso, eles são acompanhados por três garotos desajustados e se vêm às voltas com um universo caótico onde não há fronteiras entre sonho e realidade.

Relevando completamente a ausência de uma caracterização básica dos personagens (que não existe, assume-se simplesmente que eles estão numa espécie de clínica), é possível para um desavisado qualquer ter até alguma fé na história brevemente descrita no parágrafo anterior. Porém, a bagunça é tão grande que quase nada se aproveita. Atuações desastrosas e situações ridículas se sobrepõem de forma incrivelmente competente e, a certa altura do filme, a lógica deixa de existir. A primeira aparição de Freddy, sentado num cabo de vassoura, é vergonhosamente deprimente, e faz o seu mais reles fã afundar na poltrona de tanto desgosto. Breckin Meyer (Garfield, Kate & Leopold), aqui em início de carreira, protagoniza uma das seqüências mais deprimentes num filme que é classificado como pertencente ao gênero "terror".

Em meio ao festival de mediocridade, o roteiro tenta incluir uma explicação para o porquê de Freddy ter o poder de invadir os sonhos dos adolescentes. Ele vai até além, mostrando o passado do assassino e revelando que ele na verdade possui um herdeiro! Isso talvez seja a única coisa que se salva no filme, por ampliar a mitologia do personagem, mesmo porcamente, e por tentar dar-lhe uma identidade mais humana. Mas não se iludam: este é, de longe, o pior filme da série. Perto deste aqui, a parte 2 merece indicação ao Oscar.

Curiosidades: O roqueiro Alice Cooper é o pai adotivo do Freddy adolescente! Johnny Depp, cujo primeiro papel no cinema foi no primeiro A Hora do Pesadelo, reaparece numa ponta hilária. O compositor da trilha sonora, Brian May, não é o mesmo Brian May do Queen. A trilha traz ainda algumas canções do início da carreira dos Goo Goo Dolls, com destaque para a música de abertura do filme.

O filme foi seguido por A Hora do Pesadelo 7 - O Novo Pesadelo: O Retorno de Freddy Krueger.

O DVD traz como extras o trailer original, acompanhado dos trailers de Mortal Kombat e do DVD de Freddy vs. Jason.

Texto postado por Kollision em 26/Agosto/2004