Cinema

O Massacre das Barbys

O Massacre das Barbys
Título original: Killer Barbys
Ano: 1996
País: Espanha
Duração: 87 min.
Gênero: Terror
Diretor: Jesus Franco (Paula-Paula)
Trilha Sonora: Daniel White (Drácula Contra Frankenstein)
Elenco: Silvia Superstar, Aldo Sambrell, Santiago Segura, Mariangela Giordano, Charlie S. Chaplin, Carlos Subterfuge, Angie Barea, Billy King, Pepa López, Alberto Martínez, Javier Bonilla, Enrique López Lavigne
Distribuidora do DVD: Continental Home Video
Avaliação: 4/10

Visto em DVD em 29-JUL-2007, Domingo

Os The Killer Barbies eram (não sei se ainda são, ou mesmo existem) uma banda punk espanhola que cantava em inglês. A aliança bizarra de seus integrantes e do cineasta Jesus Franco resultou nessa coisa disforme, um cruzamento bizarro de O Massacre da Serra Elétrica com Scooby-Doo, só que dotado de contornos vampíricos. A trama nada original segue a banda em seu trajeto para mais um show, quando seu furgão pifa e eles são convidados pelo serviçal sinistro de um castelo para lá passarem a noite. Depois, uma condessa decrépita se alimentará de seu sangue para rejuvenescer. Os únicos integrantes da banda que dão as caras no filme como atores são a vocalista Silvia Superstar (que por sorte tem uma forte presença cênica e praticamente dá ao filme um ar de mínima dignidade) e seu namorado baterista. Praticamente toda a trilha sonora é dos próprios e de uma outra banda, mas o uso repetido de aparentemente uma só música enche o saco lá pela metade da película, que padece de uma fotografia deficiente, atuações exageradas e caricatas dos vilões e uma visível rédea presa por parte de Franco no aspecto sensual da história. Esta até que começa bem, com um bom clima, que infelizmente não consegue se sustentar por muito tempo.

A edição em DVD da Continental vem com duas faixas de áudio, uma em espanhol (teoricamente a original) e outra em inglês. Um fato intrigante é a presença de duas trilhas sonoras completamente distintas em ambas as faixas, em várias cenas do filme (a faixa em inglês privilegia a trilha incidental, enquanto a em espanhol satura as cenas com o punk rock das Barbies). Sem contar que a dublagem em inglês sofre de uma dessincronização vergonhosa e de uma adição quase arbitrária de diálogos, devidamente traduzidos na legendagem em português sem que haja qualquer fala na dublagem em espanhol. Em suma, uma verdadeira bagunça. Os extras do disco se resumem a uma mini-biografia de Jesus Franco e uma galeria de pôsteres.