Cinema

Como Perder um Homem em 10 Dias

Como Perder um Homem em 10 Dias
Título original: How to Lose a Guy in 10 Days
Ano: 2003
País: Alemanha, Estados Unidos
Duração: 116 min.
Gênero: Comédia
Diretor: Donald Petrie (Uma Eleição Muito Atrapalhada, Sorte No Amor, Falando Grego)
Trilha Sonora: David Newman (A Creche do Papai, Duplex, Scooby-Doo 2 - Monstros à Solta)
Elenco: Kate Hudson, Matthew McConaughey, Kathryn Hahn, Annie Parisse, Adam Goldberg, Thomas Lennon, Michael Michele, Shalom Harlow, Robert Klein, Bebe Neuwirth, Samantha Quan, Justin Peroff, Celia Weston, James Murtaugh, Archie MacGregor, Liliane Montevecchi, James Mainprize
Distribuidora do DVD: Paramount Pictures
Avaliação: 7

Do mesmo diretor responsável pela surpresa que foi Miss Simpatia, a comédia Como Perder um Homem em 10 Dias é mais uma amostra da eterna guerra dos sexos, só que desta vez com um fator catalisador de risadas que destoa do fator comum na maioria das comédias românticas. Sua premissa é completamente fora dos eixos, daí o fato dele ter sido uma das maiores surpresas na bilheteria de 2003.

Para conseguir a chance de ter mais liberdade editorial na revista de moda em que trabalha, Andie (Kate Hudson) acaba encarando uma tarefa peculiar: escrever uma matéria sobre como destruir um namoro em até 10 dias, após fisgar um sortudo qualquer. Do outro lado, o publicitário Benjamin (Matthew McCounaghey), desesperado para conseguir a campanha de uma linha de diamantes, aceita o desafio de sua equipe de fazer uma mulher se apaixonar por ele até a data da festa de lançamento da campanha, que ocorrerá mais ou menos em 10 dias. Um doce para quem adivinhar quem serão as vítimas um do outro.

O ponto de partida para a história é extremamente forçado, e exclui qualquer espontaneidade do roteiro em seu início. Mas é impossível negar que, depois que a introdução é feita, o cenário está armado e os dois pombinhos se enroscam num terrível cabo de guerra amoroso, as risadas são inevitáveis. Algumas das atrocidades a que Andie submete o pobre Benny 'boo-boo-boo-boo' são hilárias, assim como o desespero do rapaz em manter uma relação que lhe garantirá uma posição mais confortável em sua companhia. É óbvio que em algum ponto do caminho as coisas vão se complicar para ambos, mas o percurso até lá é um deleite só. McConaughey e Hudson funcionam muito bem juntos, o que garante a graça do filme e faz a platéia relevar os vários pontos fora da curva no roteiro, que corria sério risco de acabar sendo insípido se a escolha dos atores tivesse sido equivocada.

É neste filme que é possível perceber que Kate Hudson parece ter herdado as caras e bocas de sua mãe, a também atriz Goldie Hawn. Aqui há uma ou duas ocasiões em que ela exagera e passa do ponto, mas seria interessante vê-la em mais comédias. Prolífico em vários gêneros de filme, Matthew McConaughey volta a demonstrar versatilidade como o pobre coitado que acredita estar sempre por cima. O interessante é que é possível, ao presenciar os estereótipos personificados por estes dois, tirar alguma lição sobre relacionamentos. Por mais absurdas que sejam as situações mostradas, elas ocorrem com mais freqüência do que imaginamos, e algumas mulheres (sim, mulheres em sua maioria) muitas vezes nem percebem o que está acontecendo.

A seção de extras contém várias entrevistas curtas com todos os membros do elenco e equipe técnica, completando uma espécie de making-of apresentado aos pedaços. Há ainda descrições de várias locações usadas no filme, além de 9 minutos de cenas excluídas.

Texto postado por Kollision em 3/Janeiro/2005 - Revisto em 20/Fevereiro/2006