Cinema

Dona Flor e Seus Dois Maridos

Dona Flor e Seus Dois Maridos
Título original: Dona Flor e Seus Dois Maridos
Ano: 1976
País: Brasil
Duração: 117 min.
Gênero: Comédia
Diretor: Bruno Barreto (Amor Bandido, Nunca Fomos Tão Felizes, Gabriela)
Trilha Sonora: Chico Buarque (Morte e Vida Severina), Francis Hime (A Noiva da Cidade)
Elenco: Sonia Braga, José Wilker, Mauro Mendonça, Dinorah Brillanti, Nelson Xavier, Rui Resende, Mário Gusmão, Nelson Dantas, Haydil Linhares, Nilda Spencer, Sílvia Cadaval, Ivanilda Ribeiro, Sue Ribeiro, Arthur Costa Filho, Francisco Santos, Francisco Dantas, João Gama, Lourdes Coimbra, Betty Lago, Betty Faria
Distribuidora do DVD: Paramount
Avaliação: 3/10

Visto em DVD em 3-ABR-2011, Domingo

Dona Flor e Seus Dois Maridos, baseado em obra de Jorge Amado, é historicamente um dos maiores sucessos do cinema brasileiro de todos os tempos. Foi isso o que me levou a vê-lo, mas infelizmente tenho que dizer que a fama é excessiva para um filme tão comum e, hoje, terrivelmente datado. Comédias correm o risco de envelhecerem mais facilmente que dramas, e isso é agravado no caso da história de dona Florípedes (Sonia Braga), que carece de uma representação mais fluida para o senso de humor engessado do roteiro. Devastada após a morte súbita do marido incorrivigelmente bêbado, mulherengo e viciado em jogo (José Wilker), ela finalmente acredita ter encontrado um porto seguro no austero e sistemático dono da farmácia (Mauro Mendonça). O problema é que este último é um completo banana, ou seja, exatamente o oposto do primeiro. O potencial era virtualmente inesgotável, mas as situações mostradas são conduzidas de modo formulaico e sem qualquer senso de coesão narrativa, resultando numa caracterização debilóide para ambos os homens da trama. José Wilker é irritante e nunca consegue inspirar a empatia esperada, enquanto Mauro Mendonça protagoniza um tipo que provavelmente o marcou como um bosta pelo resto da carreira. As risadas são praticamente inexistentes, e a voluptuosidade de Sônia Braga não chega a incendiar a tela porque a câmera de Bruno Barreto não deixa. Uma decepção.

Os extras da edição simples do DVD consistem de biografias do elenco e da equipe técnica, uma galeria de fotos, trailer e um making-of da época com duração de 8 minutos.