Cinema

Batman - O Cavaleiro das Trevas

Batman - O Cavaleiro das Trevas
Título original: The Dark Knight
Ano: 2008
País: Estados Unidos
Duração: 152 min.
Gênero: Ação / Aventura
Diretor: Christopher Nolan (A Origem, Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge, Interestelar)
Trilha Sonora: James Newton Howard (O Último Mestre do Ar), Hans Zimmer (Frost/Nixon, Anjos e Demônios)
Elenco: Christian Bale, Heath Ledger, Aaron Eckhart, Gary Oldman, Maggie Gyllenhaal, Michael Caine, Morgan Freeman, Monique Curnen, Eric Roberts, Ron Dean, Cillian Murphy, Chin Han, Nestor Carbonell, Ritchie Coster, Anthony Michael Hall, Keith Szarabajka, Melinda McGraw
Avaliação: 8/10

Visto no cinema em 21-JUL-2008, Segunda-feira, sala 5 do Multiplex Pantanal

Dos vários acertos que fazem deste Batman - O Cavaleiro das Trevas um filme bem melhor que Batman Begins, o Coringa é de longe o melhor deles. Se havia uma coisa pela qual o primeiro filme pecava era pela seriedade doentia, aliada a cenas de ação forçadas e mal editadas. "Why so serious?", pergunta o Coringa a certa altura, como se estivesse agredindo não somente sua vítima, mas também a todos os envolvidos numa franquia que finalmente oferece alguma substância e se eleva acima do hype.

Carregada de um tom detetivesco e de uma tensão que aumenta gradativamente à medida em que o inicialmente inócuo Coringa (Heath Ledger) mostra a todos até que ponto pode chegar a sua loucura, a história começa com Batman (Christian Bale) tendo que lidar com vários imitadores seus no submundo de Gotham. Ele enxerga no novo promotor de justiça Harvey Dent (Aaron Eckhart) um aliado importante no combate ao crime, e forma junto com ele e com o capitão Gordon (Gary Oldman) uma improvável aliança para prender os chefões da máfia. Nesse ínterim, Rachel Dawes (Maggie Gyllenhaal) aparece espremida como o interesse amoroso tanto de Bruce Wayne quanto de Harvey Dent.

Não sou fã de Batman, mas admito que o filme é bem-feito, e é construído sobre um roteiro mais decente que a média. As cenas de ação são editadas corretamente e evitam a pirotecnia exacerbada, uma amostra de que Christopher Nolan e seu pretenso estilo pé-no-chão finalmente atingiram um ponto satisfatório entre a fantasia escapista e a violência urbana. Se há algo capaz mesmo de desanimar isso transparece na duração excessiva do filme e na substituição de Katie Holmes por Maggie Gyllenhaal. A primeira é uma gata mas carece de magnetismo dramático, enquanto a segunda é o exato oposto.

Bem, nem sempre é possível ter tudo o que se quer, não é mesmo?